domingo, março 30, 2008

"E por vezes", por David Mourão-Ferreira

Queiram desculpar-me, deu-me a nostalgia. Acabo de ver o Paciente Inglêsque esteve a dar na televisão. Já tive a oportunidade de o ver antes, mas o início não me seduziu e desisti. Desta vez perserverei e valeu a pena! Fiquei ainda a perceber a história do Bósforo!
Para acrescentar à sentimentalidade e espelhar a minha alma, lembrei-me deste poema...

E POR VEZES

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos


David Mourão-Ferreira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É um filme fantástico, não é?

7:11 da tarde GMT+1  

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"O mito é o nada que é tudo/ O mesmo sol que abre os céus/ É um mito brilhante e mudo..." Pessoa. Assim sou eu...

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