segunda-feira, junho 06, 2011

Fernando Pessoa


NEVOEIRO
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Nem rei nem lei,
nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
- Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
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Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal,
hoje és nevoeiro...
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É a Hora!

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"O mito é o nada que é tudo/ O mesmo sol que abre os céus/ É um mito brilhante e mudo..." Pessoa. Assim sou eu...

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